terça-feira, 22 de maio de 2012

Aos devotos de São Sebastião


São Sebastião - 20 de janeiro


São Sebastião: A reprodução do martírio de São Sebastião, amarrado a uma árvore e atravessado por flechas é uma imagem milhares de vezes retratada em quadros, pinturas e esculturas, por artistas de todos os tempos.
Entretanto, nem todos sabem que o destemido Santo não morreu daquela maneira.O suplício das flechas não lhe tirou a vida, resguardada pela fé em Cristo. Vejamos como tudo aconteceu:
Sebastião nasceu em Narbônia, na Gália, atual França, mas foi criado por sua mãe em Milão, na Itália, de acordo com os registros de Santo Ambrósio. Pertencente a uma família cristã, foi batizado ainda pequenino. Mais tarde, tomou a decisão de engajar-se nas fileiras romanas e chegou a ser considerado um dos oficiais prediletos do imperador Diocleciano.
Contudo, nunca deixou de ser um cristão convicto e protetor ativo dos cristãos. Ele fazia tudo para ajudar os irmãos na fé, procurando revelar o Deus verdadeiro aos soldados e aos prisioneiros. Secretamente, Sebastião conseguiu converter muitos pagãos ao cristianismo. Até mesmo o governador de Roma, Cromácio, e seu filho Tibúrcio foram convertidos por ele.
Em certa ocasião, Sebastião foi denunciado, pois estava contrariando o seu dever de oficial da lei. Teve então, que comparecer ante ao imperador para dar satisfações sobre o seu procedimento. O imperador da época era ninguém menos que o sanguinário Diocleciano, que lhe dispensara admiração e confiara nele, esperando vê-lo em destacada posição no seu exército, numa brilhante carreira e por isso considerou-se traído. Levado à sua presença, Sebastião não negou sua fé. O imperador lhe deu ainda uma chance para que escolhesse entre sua fé em Cristo e o seu posto no exército romano. Ele não titubeou, ficou mesmo com Cristo.

A sentença foi imediata: deveria ser amarrado a uma árvore e executado a flechadas. Após a ordem ser executada, Sebastião foi dado como morto e ali mesmo abandonado, pela mesma guarda pretoriana que antes chefiara. Entretanto, quando uma senhora cristã foi até o local à noite, pretendendo dar-lhe um túmulo digno encontrou-o vivo! Levou-o para casa e tratou de suas feridas até vê-lo curado.
Depois, cumprindo o que lhe vinha da alma, ele mesmo se apresentou àquele imperador anunciando o poder de Nosso Senhor Jesus Cristo e censurando-o pelas injustiças cometidas contra os cristãos, acusando-o de inimigo do Estado. Perplexo e irado com tamanha ousadia, o sanguinário Diocleciano o entregou à guarda pretoriana após condena-lo, desta vez, ao martírio no Circo.
Sebastião foi executado então com pauladas e boladas de chumbo, sendo açoitado até a morte, no dia 20 de janeiro de 288. Os algozes cumpriram a ordem e, para evitar a sua veneração, foi jogado numa fossa, de onde a piedosa cristã Santa Luciana o tirou, para sepultá-lo junto de São Pedro e São Paulo.
Posteriormente, em 680, as relíquias foram transportadas solenemente para a Basílica de São Paulo, fora dos Muros, construída pelo imperador Constantino.
Naquela ocasião em Roma a peste vitimava muita gente, mas a terrível epidemia desapareceu na hora daquela transladação. Em outras ocasiões foi constatado o mesmo fato; em 1575 em Milão, e em 1599 em Lisboa, ambas ficando livres da peste pela intercessão do glorioso mártir São Sebastião.
No Brasil, diz a tradição, que no dia da festa do padroeiro, em 1565, ocorreu a batalha final que expulsou os franceses que ocupavam a cidade do Rio de Janeiro, quando São Sebastião foi visto de espada na mão entre os portugueses, mamelucos e índios, lutando contra os invasores franceses calvinistas.
Ele é o protetor da Humanidade, contra a fome, a peste e a guerra e é claro do cartão postal do Brasil, a cidade maravilhosa de São Sebastião do Rio de Janeiro.

Oração de São Sebastião
Deus, nosso Pai, que encontrastes em São Sebastião, um fiel seguidor do vosso Evangelho, enfrentando as maiores adversidades nas perseguições aos vossos fiéis, fazei que seu exemplo de coragem, constância e fortaleza de espírito anime os cristãos a enfrentarem com coragem as injustiças deste mundo testemunhando sempre a Vós, como Rei dos corações e da vida. Amparai os menores de rua, livrai-os das chacinas, das drogas, dos assaltos, e das várias formas de violência. Livrai todos nós da ganância, do poder, do orgulho, do desânimo e da depressão, para que assim livres, possamos nos dedicar ao bem dos nossos irmãosmais necessitados. Concedei toda a vossa Igreja, a paz e a tranquilidade para anunciar a vossa palavra entre todos os povos e nações, segundo o vosso desejo e que, após a caminhada desta vida, entre sofrimentos e alegrias, encontremos eternamente a paz na Pátria celestial. São Sebastião, rogai por nós!

Oração da Serenidade

Flores Silvestres


Concede-me, Senhor,
a serenidade necessária para aceitar as coisas que não posso modificar,
coragem para modificar as que eu posso e
sabedoria para distinguir uma da outra –
vivendo um dia de cada vez,
desfrutando um momento de cada vez,
aceitando as dificuldades como um caminho para alcançar a paz,
considerando o mundo pecador como ele é, e não como gostaria que ele fosse,
confiando em Deus para endireitar todas as coisas para que eu possa ser moderadamente feliz nesta vida e sumamente feliz contigo na eternidade.

Parábola - A Flor e a Borboleta








Certa vez, um homem pediu a Deus
uma flor...
e uma borboleta.
Mas Deus lhe deu um cacto...
e uma lagarta.
O homem ficou triste pois não entendeu
o porque do seu pedido vir errado.
Daí pensou :
Também, com tanta gente para atender...
E resolveu não questionar.
Passado algum tempo, o homem foi verificar
o pedido que deixara esquecido.
Para sua surpresa, do espinhoso e feio cacto
havia nascido a mais bela das flores.
E a horrível lagarta transformara-se
em uma belíssima borboleta.
Deus sempre age certo.
O Seu caminho é o melhor, mesmo que aos
nossos olhos pareça estar dando tudo errado.
Se você pediu a Deus uma coisa
e recebeu outra, confie.
Tenha a certeza de que Ele sempre dá o que
você precisa, no momento certo.
Nem sempre o que você deseja...
é o que você precisa.
Como Ele nunca erra na entrega de seus pedidos,
siga em frente sem murmurar ou duvidar.
O espinho de hoje...
será a flor de amanhã !

História da pipoca

Transformação 




“Você já estourou pipoca? Se já o fez, deve ter observado a bela transformação do milho duro em pipoca macia.

Imagine o milho, fechado dentro da panela, sentindo cada vez mais o ambiente ficar quente. Deve pensar que a sua hora chegou: vai morrer.
Dentro de sua casca dura, fechado em si mesmo, ele não pode imaginar a transformação que está sendo preparada. Imaginar aquilo de que é capaz.
 Aí, sem aviso prévio, pelo poder do fogo, a transformação acontece e ele aparece como uma outra coisa, completamente diferente: pipoca macia.


Podemos nos comparar ao milho de pipoca. Somos muitas vezes criaturas duras, insensíveis, incompreensíveis.
Tantas vezes, com uma visão distorcida da vida, sem valores reais. Também sofremos transformações quando passamos pelo fogo. É a dor.
São situações que nunca imaginamos vivenciar. Pode ser um fogo de dentro, cuja causa demoramos a descobrir e que nos atormenta um largo tempo: medo, ansiedade, depressão, pânico.
Quem não passa pelo fogo fica do mesmo jeito a vida inteira. São pessoas de uma indiferença e uma dureza assobrosa. Só que elas não percebem. Acham que o seu jeito de ser está ótimo.
Por outro lado, existem pessoas que, por mais que o fogo esquente, se recusam a mudar. Acham que não pode existir nada mais maravilhoso do que o jeito delas serem.
A sua presunção e o medo são a dura casca que não estoura. Essas podem ser comparadas ao piruá: aquele milho de pipoca que se recusa a estourar e fica no fundo da panela, depois do alegre estouro da pipoca.


Ser piruá ou pipoca estourada, eis uma opção.
Aquele que deseja ser felize fazer os outros felizes aceitam as lições das dores, tornando-se
mais afáveis, gentis no trato, ponderados no falar.
Aprendem a usar a empatia, a fim de compreender as dores alheias.
Jesus realizou seus labores juntos aos sofredores de todas os matizes.
Com Ele, todo e qualquer sofrimento terá remédio.
Os sofredores encontrarão o necessário amparo e a vida de todos terá a luz e o rumo dos quais precisamos para a completa felicidade dos dias futuros.”

Texto do Dr. J. Moreira

Oração da pétala



Senhor,
Tantas vezes já pensei em mim.
E descobri que sozinho não sou ninguém.
Tenho um colorido
Que as vestes dos homens jamais experimentou.
Mas que seria de mim, se uma pétala só formasse a flor?
Agradeço, Senhor...
Pois, sem elas, eu não seria parte dessa flor
Que os homens acham tão linda...
Senhor... obrigada pela essência que nos perfuma...
Obrigada... porque não nasci só.
Nem só eu... nem só ela...
Nem as outras pétalas...
Mas somos juntas que fazemos desabrochar a flor.
Precisamos juntas abrir-nos, unirmo-nos mais e mais.
E viver juntas o amanhecer, o dia com tudo que é seu
E a noite que anuncia outra aurora...
Sentimos falta quando caímos todas...
Nascemos todas para uma grande missão.
para escondermos aquilo que é mais bonito que a flor bonita: A Semente.
Aquela que nos faz nascer de novo.
Senhor...
Obrigada, pela missão de ser pétala na flor...
Obrigada, pelas outras pétalas que me ajudam a ser mais com elas.
Obrigada pela flor que formamos juntas.
Obrigada, pela comunhão que juntas podemos acontecer.
E reunidas com a riqueza de sermos diferentes
Vivermos mais unidas na fé, no amor e na alegria
Para construir teu reino
Tornar as pessoas mais pessoas
Perfumar a vida dos irmãos peregrinos
Em demanda da eternidade e transformar seus espinhos em rosas
Para viverem a alegria que é a eternidade...

flores dos prados Flores campestres

Catequese Familiar


A Família e a Catequese


  




    A catequese é uma atividade que faz parte da própria natureza da Igreja, desde o inicio de sua ação evangelizadora até os nossos dias, em qualquer parte do mundo.
    E hoje os trabalhos catequéticos nascem porque os pais querem, por um lado, permanecer implicados na educação da fé de seus filhos - ao tempo em que, quanto Igreja - agir coletivamente para um desenvolvimento planejamento de sua personalidade rumo a vivência cristã.
    A responsabilidade das famílias, a parceria com a família, é ao mesmo tempo fonte de formação e de desenvolvimento dos trabalhos da dimensão catequética, tendo o catequista como co-animador, dentro de uma perspectiva de uma Igreja que acolhe os seus filhos(as) que buscam seguir uma trajetória de fortalecimento da fé.
    A família é para o catequizando um ponto de referência e um suporte essencial para soluções dos problemas de inserção na sociedade. Esta inserção é o resultado de um longo processo de maturação do adolescente que se desenvolve no meio familiar e comunitário, e na ação da catequese.
    As trocas e questionamentos fazem crescer crianças, adolescentes, jovens, os adultos e a coletividade inteira, enquanto Igreja, corpo de Cristo que está em movimento. Além da imersão comunitária, a catequese é uma oportunidade de dialogar com a realidade familiar a luz da Palavra Santa que nos guia pelos caminhos da Salvação .
    A definição da parceria na catequese é compartilhar um mesmo projeto, um projeto construído, um projeto onde cada um tem seu lugar, onde cada um guarda seu lugar. Nesta parceria é preciso saber reconhecer que o outro é complementar e que o resultado da soma dos atores (família e Igreja) pode servir ao projeto que foi coletivamente construído, que tem como base a ação de Deus na história de seu povo.
    O nosso trabalho na catequese precisa reforçar a Família, como berço da vida e da fé. Fortalecendo a família como espaço da experiência comunitária da fé e vida, aprofundando a reflexão sobre os critérios e princípios da doutrina cristã em relação à família.
Temos o desafio de estimular a família a assumir seu papel de educadora da fé cristã e realizar ações concretas para um trabalho conjunto entre catequese e família.


Catequese de Primeira Eucaristia 
Comunidade São Sebastião de Braúnas
Paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro
Texto trabalhado no Encontro de Pais,Catequistas e Catequisandos.
Junho/2011

22 de maio - Dia de Santa Rita de Cássia




História de Santa Rita de Cássia

O Nascimento
Santa Rita nasceu em um pequeno povoado chamado Rocca Porena, situado na região de Cássia, na província da Úmbria, no centro da Itália. Na Úmbria nasceram muitos filhos ilustres, entre eles São Francisco de Assis, São Bento e Santa Clara, além de Santa Rita.
Os pais de Santa Rita, Antonio Mancini e Amata Serri, formavam um casal exemplar e eram conhecidos pelos seus concidadãos como "pacificadores de Jesus Cristo". Gozavam de imenso prestígio e autoridade no meio daquela gente, por suas virtudes. Sua ocupação diária era visitar os vizinhos mais necessitados, levando a eles ajuda espiritual e material.
Para que sua felicidade fosse completa, porém, faltava ao casal um filho que estreitasse ainda mais o seu amor. Apesar da idade avançada de Amata (62 anos), nem por isso deixavam de confiar em Deus e foi assim Deus atendeu às suas preces: conta a história que um anjo apareceu a ela e lhe revelou que daria à luz uma menina que seria a admiração de todos, escolhida por Deus para manifestar a todos os seus prodígios.
A 22 de maio de 1381, nasceu esta admirável criatura, que foi batizada em Santa Maria dos Pobres, em Cássia, porque o pequeno povoado de Rocca Porena somente passou a ter uma pia batismal em 1720. O nome de Rita, diminutivo de Margarida (Margherita, em italiano) foi revelado pelo anjo, com o qual a Santa se tornou conhecida para sempre.
Quanto Antonio e Amata iam trabalhar nos campos, colocavam sua filhinha em um cestinho de vime, que levavam consigo, e abrigavam-na à sombra das árvores.
  Um dia, enquanto lavradores e pássaros cantavam em uníssono, a criança sonhava, com os olhos voltados para o céu azul,   quando um grande enxame de abelhas brancas a envolveu, fazendo um zumbido especial. Muitas delas entravam em sua boca e aí depositavam mel, sem a ferroar, como se não tivessem ferrões. Nenhum gemido da criança para chamar seus pais; ao contrário, dava gritinhos de alegria.
Enquanto isso, um lavrador que estava próximo feriu-se com uma foice, dando um grande talho na mão direita. Dirigindo-se imediatamente para Cássia, a fim de receber os necessários cuidados médicos, ao passar perto da criança viu as abelhas que zumbiam ao redor de sua cabeça. Parou e agitou as mãos para livrá-la do enxame. No mesmo instante, sua mão parou de sangrar e o ferimento se fechou. Deu gritos de surpresa, o que chamou a atenção de Antonio e Amata, que acorreram ao local. O enxame, por poucos instantes disperso, voltou ao seu lugar e mais tarde, quando Rita foi para o mosteiro de Cássia, as abelhas ficaram nas paredes do jardim interno.
Este fato é relatado por todos os biógrafos da santa e transmitido pelas tradições e pinturas que a ele se referem. A Igreja, tão exigente para aceitar as tradições, insere esta circunstância nas lições do Breviário. Tendo atribuído o nascimento de Rita a um milagre, seus pais também atribuíram este acontecimento a um prodígio divino.

Infância e juventude
Rita era para seus pais um precioso dom concedido à sua fé e orações, e assim eles se esmeravam em educar a sua filha nos sentimentos religiosos. Analfabetos, procuravam transmitir à criança seus conhecimentos da vida de Nosso Senhor Jesus Cristo, da Santa Virgem Maria e dos santos populares. Apenas chegara à idade da razão, apareceram em Rita os primeiros sinais de virtude que, sob influência da graça divina, ia-se desenvolvendo em sua bela alma.
Rita era um anjo, dócil, respeitosa e obediente para com seus velhos pais, a quem amava com delírio. Os ensinamentos que seus pais lhe davam levaram-na a decidir, aos 8 anos de idade, a consagrar a sua virgindade a Jesus, esposo das virgens.
Gostava tanto da vida retirada que seus pais lhe permitiram ter um oratório dentro de casa; ali passava os dias meditando no amor de Jesus, castigando seu inocente corpo com duras penitências.
Aos 16 anos, pensava no modo de confirmar definitivamente sua consagração a Jesus Cristo por meio dos votos perpétuos. Rita chegou a pedir, de joelhos, licença para entrar no convento. Seus pais, porém, com a idade avançada e guiados pelo amor natural, não querendo deixá-la só no mundo, resolveram casá-la com um jovem que pedira sua mão. Não se sabe exatamente qual a idade de Rita nessa época; certos autores dizem que tinha 18 anos.
Que lutas, que dores para o coração dessa jovem, entre o amor à virgindade e a obediência devida a seus pais! Não tinha coragem de dar a um homem o coração que desde a infância consagrara a Deus e, por outro lado, causavam-lhe piedade seus velhos pais, muito idosos, aos quais se acostumara a obedecer nas mínimas coisas.

O Casamento
O jovem que pedira a mão de Rita era Paulo Fernando, descrito como um homem pervertido, de caráter feroz e sem temor a Deus, com o qual não se podia discutir e que seria capaz de provocar um verdadeiro escândalo se Rita e seus pais não consentissem nesse casamento. Foi assim que Rita se viu obrigada a esse casamento.
Quanto padeceu ela no longo período de 18 anos que viveu com seu esposo! Injuriada sem motivo, não tinha uma palavra de ressentimento; espancada, não se queixava e era tão obediente que nem à Igreja ia sem a permissão de seu brutal marido.
A mansidão, a docilidade e prudência da esposa, porém, suavizaram aquela rude impetuosidade, conseguindo transformar em manso cordeiro aquele leão furioso. Fernando não pôde resistir a tanta abnegação e mudou completamente de vida, tornando-se um marido respeitoso.
Rita sentia-se muito feliz por ver o seu marido convertido ao bom caminho. Não se cansava de dar graças a Deus por tamanho benefício. Sentia-se feliz por educar nos princípios da religião os
dois filhinhos que o céu lhe dera: João Tiago e Paulo Maria.
Mas durou pouco tempo aquela felicidade de santa esposa e mãe! Quando menos esperava, tudo mudou, e de um modo muito violento e trágico: seu marido foi ferozmente assassinado pelos inimigos que fez em sua vida de violência. Rita tomou todas as providências para um sepultamento digno para seu marido, multiplicando suas orações e penitências em sufrágio da sua alma. Praticou, ainda, o supremo ato heróico de perdoar os seus assassinos.
Refeita da primeira dor causada pela morte do marido, a piedosa mulher concentrou toda sua atenção e solicitude em seus dois filhos. A mãe atenta percebia que os dois jovens apresentavam sintomas de desejos de vingança, o que ela não podia aceitar. Rita percebeu que seus filhos não mais a escutavam com a mesma docilidade e que a voz do sangue os arrastaria mais tarde ao mal.
Quando se viu em tal situação, a mãe dedicada tomou uma resolução heróica e pediu a Jesus Crucificado que levasse os seus filhos inocentes, se fosse humanamente impossível evitar que se tornassem criminosos.
Um após outro, caíram doentes os meninos e Rita os tratou com o máximo cuidado, velando para que nada lhes faltasse, procurando todos os remédios necessários para lhes conservar a vida, mesmo à custa dos maiores sacrifícios.
Sabia que era seu dever socorrê-los e queria cumprir generosamente esse dever. Os meninos morreram, com pequeno intervalo, um após o outro, cerca de um ano depois da morte de seu pai. Rita depositou os corpos de seus filhos ao lado de seu marido e ficou só no mundo; só, mas com seu Deus.

Em busca do antigo sonho
Desligada dos laços do matrimônio e dos cuidados maternais pela morte do esposo e filhos, Rita passou a se dedicar com afinco à prática das virtudes, às obras de caridade e à oração. A caridade para com o próximo era inesgotável. Não se contentando em dar o que tinha, trabalhava com suas próprias mãos para poder dar mais, e convidava suas amigas e conhecidas para que fizessem o mesmo.
Tudo isto, porém, não bastava para aquela alma inflamada pelo amor divino. Em seus sonhos de menina, Rita sempre tinha
aspirado ao claustro como a um asilo de paz para sua alma. Quando ia à cidade, ao passar diante das portas dos mosteiros onde teria podido servir a Deus com todas as suas forças, parecia-lhe que uma força interior e poderosa a atraía, e ela experimentava uma santa inveja das virgens que ali estavam encerradas.
Mas, que abismo entre os seus primeiros anos e seu estado atual! Embora a voz que a chamava ao estado religioso continuasse forte, poderosa e insistente, Rita sabia que não podia mais levar o frescor virginal de sua vida de menina e achava-se indigna de viver entre as virgens consagradas a Deus. Rita encorajou-se, porém, e resolveu fazer uma tentativa.
Bateu à porta do convento das agostinianas de Santa Maria Madalena e expôs à superiora o seu ardente desejo. Seu aspecto humilde e piedoso causou excelente impressão na religiosa; mas o convento, que somente recebia jovens solteiras, jamais havia aberto suas portas a uma viúva, e a pobre mulher se viu rejeitada. Imaginem em que estado de alma Rita voltou a Rocca Porena. Voltou às suas orações, às mortificações, às boas obras e, tendo retomado a confiança, voltou ainda por duas vezes à porta do mosteiro de Santa Maria Madalena, sofrendo duas novas rejeições. Rita se abandonou à vontade de Deus, recomendando-se mais do que nunca a seus santos protetores.
Quando Deus a viu perfeitamente resignada e confiante, teve compaixão dela e, uma noite, quando estava em oração, ouviu chamar: "Rita! Rita!". Ela não viu ninguém e, pensando ter se enganado, voltou às suas orações. Mas, pouco depois, ouviu novamente: "Rita! Rita!". Desta vez, teve a certeza de que não se enganara. Levantando-se, abriu a porta e foi à rua. Eram 3 homens e Rita não tardou a reconhecê-los: eram seus protetores São João Batista, Santo Agostinho e São Nicolau de Tolentino, que a convidaram para segui-los.
Em êxtase, como num sonho, ela os seguiu e em pouco tempo estava em Cássia, diante do convento de Santa Maria Madalena. As religiosas dormiam e a porta esta bem trancada. A mesma porta que por três vezes se fechara diante dela, a porta que lhe era a entrada do paraíso terrestre. Era impossível abrir essa porta por meios humanos, mas os santos que Deus enviara para acompanhá-la fizeram com que ela se encontrasse no interior do mosteiro.
Quando as religiosas desceram para se reunir no coro, ficaram estupefatas ao encontrar a santa mulher que tinha sido insistentemente rejeitada. Como entrara ela, se o mosteiro estava completamente fechado e não havia sinal algum de abertura ou arrombamento? As freiras se impressionaram com o relato que Rita fez do acontecido e, diante de um milagre tão estupendo, reconheceram os desígnios de Deus e admitiram jubilosas em sua companhia aquela criatura mais angelical que humana.

A vida no convento
A primeira coisa que Rita fez, ao ser admitida no convento, foi repartir entre os pobres todos os bens que possuía. Livre dos empecilhos terrenos, admirável era a sua obediência, profunda era a sua humildade, grandes eram as suas mortificações e penitências.
Para colocar à prova a obediência da noviça, a superiora do convento ordenou-lhe que regasse de manhã e à tarde um galho seco, provavelmente um ramo de videira ressequido e já destinado ao fogo. Rita não ofereceu dificuldade alguma, e de manhã e de tarde, com admirável simplicidade, cumpria essa tarefa, enquanto as irmãs a observavam com irônico sorriso. Isso durou cerca de um ano, segundo certas biografias da santa.
Um belo dia, as irmãs se assombraram: a vida reapareceu naquele galho ressequido, surgiram brotos, apareceram folhas e uma bela videira se desenvolveu maravilhosamente, dando a seu tempo deliciosas uvas. E essa videira, velha de cinco séculos, ainda hoje está viçosa no convento.

Em 1443, veio a Cássia para pregar a Quaresma, São Tiago de La Marca. O sermão da paixão de Nosso Senhor sensibilizou profundamente Rita, que compareceram com as outras religiosas para ouvir a pregação.
Voltando ao convento, profundamente emocionada com o que ouvira, prostrou-se diante da imagem do crucifixo que se achava em uma capela interior, e suplicou ardentemente a Jesus que lhe concedesse participar de suas dores. E eis que um espinho se destacou da coroa do crucifixo, veio a ela e entrou tão profundamente em sua testa que a fez cair desmaiada e quase agonizante. Quando voltou a si, a ferida lá estava, atestando o doloroso prodígio.
Enquanto as chagas de São Francisco e de outros santos tinham a cor do sangue puro e não eram repugnantes, a de Rita se converteu numa ferida purulenta e fétida, de maneira que a pobre vítima, para não empestear a casa, teve de ser recolhida a uma cela distante, onde uma religiosa lhe levava o necessário para viver. Ela suportou a ferida durante 15 anos.
Em 1450 foi celebrado o jubileu em toda a Cristandade e como algumas irmãs estavam se preparando para ir a Roma, Rita manifestou um ardente desejo de as acompanhar, mas seu estado de saúde estava se agravando devido a ferida que o espinho havia deixado em sua testa.
Sendo assim as irmãs acharam que Rita não deveria ir, então ela pedindo a Deus para a ferida desaparecer foi mais uma vez atendida e conseguiu acompanhar as irmãs agostinianas a Roma, com grande proveito para sua alma. Mas logo que voltou da viagem a ferida reapareceu e também uma enfermidade incurável que lhe causava um grande sofrimento.
Incapaz de se alimentar, durante os últimos dias de sua vida Rita alimentava-se apenas da santa comunhão. Em meio as dores, que cruciavam seu corpo, ela conservava a alegria do espírito e um sorriso encantador brilhava constantemente em seu rosto.

A morte de Santa Rita
No último período de sua vida, aconteceu um fato, que era a prova do carinho que Deus dispensava a sua Serva. Durante um rigoroso inverno , pessoas de Roca Porena, descobriram na horta de Rita uma roseira coberta de lindas rosas e uma figueira com frutos maduros e saborosos. Rita, ficou feliz com esta maravilhosa notícia e sentiu-se profundamente consolada, louvava cada vez mais a Deus.
Explicam esses fatos o piedoso costume de enfeitarem a imagem da Santa, particularmente no dia de sua Festa, com rosas, figos, cachos de uvas e abelhas. A Santa Igreja mesma parece querer perpetuar o milagre das rosas, aprovando a Bênção das Rosas que se faz no dia da Festa ou no dia 22 de cada mês, para alívio dos enfermos.

A doença da Santa estava cada dia piorando e as dores tinham se tornado insuportáveis. Com orações e santas aspirações ela se preparou para receber os sacramentos e entre expressões de amor a Jesus e Maria sua alma se libertou dos vínculos que a prendiam á terra. Finalmente, com 78 anos de idade e 40 de vida religiosa, faleceu Santa Rita em Cássia, no velho Convento das Agostinianas, no dia 22 de maio de 1457, recreada com visões celestiais e depois de ter recebido com muita piedade os últimos sacramentos.
Neste momento mãos invisíveis tangeram os sinos do convento e da vila de Cássia, entoando um hino triunfal das esposas eternas, convidando a comunidade e a população para fazer um coro na glorificação da alma daquela que viveu e morreu na santidade...
A morte de Rita foi acompanhada de muitos milagres. A cela onde ela faleceu, apareceu uma luz de grande esplendor e um perfume especial se fez sentir em todo o mosteiro, e a ferida do espinho, antes de aspecto repugnante tornou-se brilhante, limpo, cor de rubi. Centenas de pessoas compareciam ao convento para ver a "Santa", cujo cadáver ficou em exposição além do tempo legal. As religiosas, cantavam hinos de agradecimento a Deus, por ter exaltado no céu e na terra sua serva.

Beatificação e canonização
O culto à bem aventurada da vila de Cássia rapidamente se estendeu sobre a Itália e as nações de Portugal e Espanha, onde por causa dos milagres obtidos por sua intercessão o povo lhe deu o nome de " Santa das Causas Impossíveis"
Em 1628 Urbano VIII lavrou o decreto de beatificação da Santa com um especial indulto do Papa Bento XIII de 1727.
Muitos contratempos fizeram com que se protelasse a canonização, que só aos 24 de Maio de 1900 se realizou sob o pontificado de Leão XIII. Contudo, já em 1577 se erguia em Cássia uma igreja à Santa das causa desesperadas e impossíveis.Incapaz de se alimentar, durante os últimos dias de sua vida Rita alimentava-se apenas da santa comunhão. Em meio as dores, que cruciavam seu corpo, ela conservava a alegria do espírito e um sorriso encantador brilhava constantemente em seu rosto.


Fazei com o coração

  CORAÇÃO
   Quando falamos do coração, lembramos da palavra amor.
Quando amamos fazemos tudo com o coração. Quando amamos,fazemos
de tudo com muito carinho, respeito, cuidado, sinceridade. Isto é o amor.
Uma palavrinha tão pequena de apenas quatro letrinhas,mas com um
significado imenso. Porque Deus é amor.
Se pegarmos a palavra  CORAÇÃO e retirarmos a letra C,
ficará a palavra ORAÇÃO. Na catequese, nos encontros com os
catequizando,falo sempre destas palavras, porque a oração fazemos é com o
coração; com muito amor e carinho.
   Mas será que nós como família estamos semeando essa sementinha do amor
nos corações de nossas crianças? Achamos mais fácil e cômodo mandar as nossas
crianças pra escola e pra catequese sem ao menos plantar a nossa sementinha do
amor nos corações delas. Nos sentimos mais confortáveis nas nossas casas sem a
presenças deles,e achamos que passamos o que é de nossa obrigação como pais e
responsáveis por eles,a educação e a religiosidade e crenças de nosso filhos.
Estamos redondamente enganados. Porque educação e valores se recebem no lar.
E na catequese é assim também, é lá em casa que se inicia a catequese. Quando
ensinamos nossos filhos o sinal da cruz, a ave-maria, o pai-nosso e as demais
orações do cristão. E assim tudo mais que a nossa igreja tem.
Vamos plantar a nossa sementinha.
   Mas se pegarmos a mesma palavra CORAÇÃO e retirarmos uma parte dela ficará a palavra AÇÃO. Será que estamos agindo corretamente com nossos filhos e conosco mesmo?
   Sabe aquela sementinha que muitas das vezes esquecemos dela num cantinho? Vamos fazer a nossa parte,nos colocar em ação. Vamos plantar amor, plantar o amor de Deus. Antes que o amor do mundo se plante nos corações de nossos filhos, e : germine, cresça, crie raízes, se fortaleça, se frutifique e assim dominando eles.
   Vamos partir para a ação, vamos agir com muito amor, porque Deus é Amor.

CORAÇÃO   +


  ORAÇÃO  +


  AÇÃO  =


 AMO

Revesti-vos como filhos e filhas amados de Deus.

Colossenses 3, 12-17

       Revestir nada mais é que nos vestirmos de novo e do novo. É nos vertirmos como filhos e filhas amados de Deus, assim nos cobrindo de sua infinita misericórdia, bondade, longanimidade ( ter paciência para suportar as ofensas dos outros ou os próprios sofrimentos, é ser generoso), de mansidão porque somos cheios da presença de Deus. É o Espírito Santo que habita em nós e isso faz que sejamos revestidos, eleitos, escolhidos de Deus.
       Acima de tudo esteja o amor, que é a perfeição, que é Deus. O amor/Deus é a base de tudo: da igreja, da família, da amizade, dos relacionamentos...

Deus ; O amor acima de tudo

1 Cor 13, 4-8


   Onde existe o amor reina a Paz .
   O amor/Deus está acima de tudo.
   Que possamos ser instrumentos de Deus, que sejamos revestidos
como eleitos de Deus,
nos suportando e nos perdoando mutuamente.
   Portanto, somos chamados a semear a semente do amor, sementes
do verdadeiro amor. Amor que é paciente, bondoso, que não tem inveja,
que não é orgulhoso, que não é arrogante e nem escandaloso.
   Semeie a semente que pode dar o fruto que você deseja colher, o fruto
do amor, amor de Deus.